Catedral promove diálogo de aproximação com setor do agronegócio
A Catedral de Palmas organizou um encontro com representantes do setor do agronegócio no dia 1 de dezembro. Com o nome de O Agro Semeia a Fé, a iniciativa do Pe. Eduardo Zanom tem objetivo de dialogar e ampliar as relações com produtores rurais que frequentam ou tenham algum tipo de ligação com a Catedral.
Nas palavras do Pároco, a intenção é descobrir quem são esses produtores. “A gente ouve dizer que há muitos produtores rurais na Catedral, mas não tinha essa identidade, essa visibilidade para saber quem é, quantos são. Queremos mudar isso e mostrar a relevância deles para a sociedade”.
O produtor rural Márcio José Nicodemo resume que, pela natureza do trabalho, homens e mulheres do meio rural são naturalmente devotos e que essa tentativa de aproximação vai trazer ainda mais transparência.
“O agro foi mal interpretado durante muito tempo. O projeto do Pe. Eduardo é muito bem encaminhado e iluminado, permitindo que as pessoas possam conhecer e ter informações do que fazemos”.
Durante a conversa, o Pároco da Catedral relembrou toda a trajetória da obra até chegar aos dias atuais, dando detalhes de como ficará a sede definitiva da paróquia. Ele também citou passagens da Bíblia em que o cultivo da terra é abordado e trouxe dados deixando claro o potencial agrícola do Tocantins, sendo que 78% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado – soma das riquezas produzidas – vem do setor.
“A gente tem que ter em mente que só comemos porque alguém planta. Na fé é a mesma coisa. Temos que semear para colher. Caminhando juntos, vivendo a fé juntos, fica muito mais fácil Deus nos ouvir”, completa o sacerdote.
E como essa fé pode ser vivida? A ideia é celebrar Missas periódicas pedindo a bênção da safra e pela chuva, tão necessária para o plantio.
Por último, Pe. Eduardo propôs que os produtores rurais ajudem a financiar a arte sacra da Catedral. A concepção artística da nova paróquia (pintura do teto e elementos de mosaico no altar e ambão) vai ser assinada pela Centro Aletti, referência mundial no assunto. Ainda não foi definida de que forma será a contribuição, mas a meta é conseguir custear a pintura – cotada em euro – em dois anos.
“O produtor rural precisava de uma paróquia em Palmas que o acolhesse, porque somos uma classe de muita fé, que planta, cria, sempre tendo fé. Estamos de braços abertos para apoiar a obra da Catedral. É uma honra que o agro possa ajudar e ficar marcado na história de Palmas e da Igreja ”, observa Ícaro Cavalcante.
Henrique Casagrande agradeceu a oportunidade de poder participar da construção de uma comunidade. Felipe Rossato concorda e analisa que a parceria é só o começo de muitos frutos que podem ser colhidos nessa aproximação.
Já Rita de Cássia Rocha avalia o convite como um chamado, um presente de Deus. “O agro nos dá o dia a dia, o alimento. Nós temos que reconhecer e agradecer. Como? Ajudando na construção da paróquia, um local de evangelização. Deus criou a terra, a semente, temos uma relação que é bíblica e que existe desde o começo do mundo”.