Qual valor ideal para devolver o dízimo?
A devolução do dízimo parte de uma disposição interior, vinda da gratidão pela Providência de Deus, expressa através do trabalho de cada um. Além disso, o dízimo faz parte da colaboração da comunidade para com as necessidades materiais da Igreja.
Porém, muitos ainda tem dúvidas sobre qual valor devolver? Continua valendo os 10%? E seu eu não puder? É pecado se não for os 10%?
“Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria.” (2Cor 9,7).
Primeiro, dízimo não é uma imposição, mas deve nascer de uma inclinação espontânea de partilha, por parte do cristão – que certamente conhece suas possibilidades e dificuldades. Além disso, o Código de direito canônico, cânon 222, é claro, quando se refere o 5º Mandamento da Igreja: “‘Ajudar a Igreja em suas necessidades’ recorda aos fiéis que eles devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades”.
Portanto, a Igreja não determina porcentagem fixa. A orientação parte de uma interiorização de gratidão a Deus, e a leitura das próprias condições financeiras, de modo a reservar uma porcentagem, que represente sua disposição em ajudar a igreja e agradecer a Deus. Vale considerar que uma vez que se tenha aumento de salário, décimo terceiro, bônus trabalhista, é possível dispor também uma parte para Deus.
De onde vem os 10%?
No Antigo Testamento, Moisés determinou para o povo de Israel o pagamento obrigatório de 10% dos rendimentos do fiel, geralmente pagos com bens, mantimentos e principalmente produtos oriundos da agricultura. O objetivo era a manutenção da tribo de Levi e dos sacerdotes, responsáveis pelo Templo e pela manutenção do Tabernáculo.
Contudo, em Jesus foi consumado o sacerdócio levítico e todas as leis previstas, inclusive com o dízimo, como afirma são paulo: “Com efeito, mudado o sacerdócio, é necessário que se mude também a lei” (cf. Heb 7, 12). Logo, o que vale para o católico são as orientações dadas pela Igreja.
O dízimo parte das possibilidades do fiel. Logo, se dentro de seu orçamento ele pode doar 10%, deve devolvê-lo. Não fazer por mesquinhez ou avareza é onde se encontra o pecado. Assim como, não perde em dignidade quem doa seu 1 ou 2%, o importante é a entrega e a partilha que nasce do coração!
Você tem dúvidas se é pecado não devolver o dízimo? Leia mais