Sem categoria › 12/02/2019

Vaticano recebe delegação da Venezuela e pede que se evite derramamento de sangue

A Secretaria de Estado do Vaticano recebeu nesta segunda-feira, 11 de fevereiro, uma delegação venezuelana, segundo confirmou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

“Uma delegação venezuelana foi recebida hoje na Secretaria de Estado. Foi reiterada a proximidade do Santo Padre e da Santa Sé ao povo venezuelano, principalmente àqueles que sofrem”, assinalou Gisotti em sua declaração.

“Além disso – continua o Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano –, foi destacada a profunda preocupação para que se encontre com urgência uma solução justa e pacífica para poder superar a crise, no respeito dos direitos humanos e buscando o bem de todos os habitantes do país, evitando um derramamento de sangue”.

A delegação se reuniu com o novo Substituto do Secretário de Estado, Dom Edgar Peña Parra.

A Venezuela vive uma crise política sem precedentes depois que Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, foi proclamado presidente interino em oposição a Nicolás Maduro, presidente desde 2013 que levou o país a uma grave crise econômica e social.

Maduro se recusou a deixar a presidência e não reconhece Guaidó nem a legitimidade do organismo legislativo que substituiu oficialmente pela Assembleia Constituinte, inteiramente composta por pessoas relacionadas ao regime chavista.

No entanto, vários líderes internacionais já reconheceram Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.

Donald Trump, presidente dos EUA, reconheceu em 24 de janeiro, Guaidó como presidente interino da Venezuela, enquanto países como a Rússia, Cuba e México expressaram seu apoio ao regime Maduro, que na segunda-feira, 4, disse que enviou uma carta ao Papa Francisco pedindo por sua mediação.

Durante o voo de regresso dos Emirados Árabes Unidos, Francisco afirmou que, para que a mediação possa ocorrer, “é necessária a vontade de ambas as partes, ambas as partes pedindo”.

O Parlamento Europeu e outros países latino-americanos como Peru, Colômbia, Equador, Brasil e Argentina também expressaram seu apoio a Guaidó.

Via ACI Digital

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